O candidato a presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ficou à frente do atual presidente Jair Bolsonaro (PL), entretanto ficou um tempo atrás durante a apuração dos votos. Ao final, o petista passou Bolsonaro, mas a diferença não foi a apontada nas pesquisas, que chegavam a indicar uma possibilidade de vitória de Lula no primeiro turno. Como o segundo turno confirmado, o duelo final entre presidente e ex-presidente ficou para 30 de outubro.
Bolsonaro ganhou um fôlego com o segundo turno. Nos bastidores, aliados do atual presidente anunciavam, antes do resultado, que levar a disputa para o segundo turno seria uma vitória. E ficou além do percentual das pesquisas: alcançou 43%. Já Lula, apesar de sua habilidade e de ter aglutinado muitos apoios, não conseguiu emplacar em primeiro turno. A estratégia do voto útil dos presidenciáveis Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB) acabou sendo criticada pelos candidatos e não surtiu o efeito desejado. Não houve migração.
Agora, os presidenciáveis disputarão os votos dos outros candidatos para o segundo turno. Um dos apoios mais disputados será o da senadora Simone Tebet (MDB), que, lançada às vésperas da campanha e desconhecida de grande parte do público, fechou em 3° lugar e se consolida como uma liderança no país. Já Ciro teve sua campanha desidratada na reta final e acabou em quarto lugar, apesar de concorrer pela quarta vez e ser bastante conhecido no país. Mesmo assim, seu percentual de votos será importante. Também serão disputados os votos de Soraya Thronicke (União Brasil) e Felipe d’Ávila (Novo). Independentemente da costura de alianças, o certo é que o segundo turno, infelizmente, tende a ser de muita baixaria e ataques, como já se presenciou na na propaganda eleitoral e no último debate.
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